sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Destino


Acreditas que tudo o que fazes na vida está pré-definido? Desde o mais pequeno pormenor á mais importante das decisoes... Então imagina que a tua vida é um jogo e que uma decisão depende do lançamento de 3 dados, mas como irás lançá-los? Um de cada vez ou os três de uma vez? Com mais ou menos força? Claro que se tudo tivesse pré-definido a forma de lançamento seria irrelevante, o resultado seria sempre o mesmo, pois já estaria anteriormente estabelecido. E a indiferenca leva á displicência.

Chamamos nós a esta crença de 'Destino', mas para mim o 'Destino' nao passa de um mecanismo de defesa pessoal e aqueles que nele acreditam e de certa forma o usam, sao aqueles que nao querem passar de personagens secundárias ou até mesmo apenas figurantes da sua própria vida.

O 'Destino' implica a submissão a algo que supostamente já foi programado, mas eu nao sou um ser mecânico nem tenho inteligência artificial e o meu único destino será a minha morte. E nem a minha própria morte está pré-definida, posso acabar com a minha vida neste preciso momento ou morrer de doença ou de velhice daqui a 50 ou 60 anos.

O meu destino sou eu que o faço.

E assumo aqui a minha descrença, sei que nao estou sozinho nesta corrida, até a Lei é minha aliada, ou entao seria o 'Destino' o melhor argumento e o mais soliciado pelos advogados de defesa. Até na ciência, gostava de ver alguém dizer a Pitágoras que afinal a "soma dos quadrados dos catetos igual ao quadrado da hipotenusa" se denomina Teorema do Destino. Ou entao alguém dizer a uma mãe que a dor de perder um filho foi obra do 'Destino'.

Viver ao sabor do 'Destino' é assumires a identidade da tua própria sombra.

O avião está destinado a voar assim como a roda foi feita para rodar. Tu não, tu adquires, associas, experimentas, argumentas e ages...


Há quem diga que todos nós nascemos para morrer, mas eu nasci para viver.

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