quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Pop Star



Por ti até ganhar a maratona era capaz e ir a Fátima a pé nao era nada de mais, mas ser crente nao foi suficiente e eu deixei de corrar atrás. Cansei de verificar que qualquer acto meu seria inconsequente, nao foi assim que te imaginei no meu subconsciente. Pensava em ti como uma lampada mágica que realizaria meus desejos, fossem eles a simples prova dos teus beijos ou o culminar dos meus ensejos. Só que constatar a realidade só me trouxe dor, desenhei-te um dia num papel em forma de diamante, pode nem ser uma grande prova de amor mas consegues imaginar metáfora mais brilhante? Talvez prefiras esse brilho num anel e que para ti dinheiro seja mais doce que mel, nao te censuro como é evidente, todos sabemos que ser fútil está na moda actualmente. Apenas julguei que fosses outra e que nao vendesses teus sentimentos como um produto numa qualquer montra. Agora olho pra ti e sinto a promiscuidade, é assim que te desenho hoje, uma caixa vazia, alguém desprovido de personalidade. Recuso-me a pensar se algum dia te perdoaria, o valor dos meus principios sao para ti mais que uma utopia, que nunca perceberias, pessoas como tu dao valor á arte em galerias, eu valorizo mais algo que nunca serias. Prefiro minha imagem num espelho sombria á hipocrisia da tua pseudo-companhia. A tua presença é uma falsa questao, sempre tiveste tao presente como o Sol numa noite de Verão. De dia és a sombra em qualquer relaçao, uma imagem em reflexao e a ausencia de qualquer outra compaixao. À noite o luar, fria e capaz de gelar, com um brilho que nao lhe pertence, adquirido só para nos enganar.
Por fim, e para que a minha poesia nao fique a meio, termino meu pensamento com um simples devaneio;


Numa sociedade de consumo interno, onde reina o egoísmo e onde vale tudo para ser 'moderno', onde encaixamos a solidariedade, humildade e compreensão? Serei eu o deslocado ou é demasiada a tua necessidade de atençao?

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